Quando o governo cobra por um dinheiro que nunca deveria ter recebido
Introdução: o novo golpe silencioso da carga tributária
O governo brasileiro anunciou a criação de uma taxação de 10% sobre a distribuição de lucros e dividendos, afetando diretamente pequenos, médios e grandes empresários.
Segundo o próprio governo, a medida serviria para “compensar” a futura isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Mas há um grande problema nessa narrativa:
essa justificativa é falsa, incompleta e desonesta.
E este artigo vai explicar, ponto a ponto, o motivo.
1. A verdade que ninguém fala: o governo arrecadou ilegalmente por anos ao não corrigir a tabela do IR
Durante mais de 10 anos, a tabela do Imposto de Renda ficou praticamente congelada.
Isso significa:
- salários corroídos pela inflação
- trabalhadores pagando mais imposto do que deviam
- brasileiros pobres entrando na faixa de tributação
- o governo lucrando com a inflação de forma indevida
Ou seja: o governo está justificando uma “perda de arrecadação”… de um dinheiro que ele nunca deveria ter arrecadado!
Isso é fundamental.
Isso é o centro do problema.
E isso precisa ser dito para toda a população.
1.1 O governo quer manter um arrecadado indevido como se fosse um direito adquirido
Em vez de:
✔️ corrigir a tabela
✔️ devolver o excesso pago
✔️ ou assumir o erro histórico
O governo fez o oposto:
❌ ignorou o problema
❌ continuou arrecadando acima do devido
❌ e agora cria um novo imposto para compensar “uma perda” que, na verdade, é apenas o retorno ao valor que deveria ser cobrado desde sempre.
2. A nova taxação é bitributação — e recai justamente sobre quem sustenta o país
Antes de distribuir lucros, a empresa já pagou:
- imposto sobre faturamento
- imposto sobre folha
- imposto sobre produtos
- imposto sobre serviços
- imposto sobre lucro
- uma variedade de tributos estaduais e municipais
E depois disso…
vem o governo e diz:
“Agora queremos mais 10% quando você transferir o lucro para sua conta pessoal.”
Isso é:
→ bitributação
→ confisco disfarçado
→ agressão direta ao empreendedorismo
3. As consequências: fuga de investidores, preços mais altos e estagnação
Um empresário só tem duas opções:
1️⃣ Repassar o custo para o consumidor
O que significa inflação e perda de poder de compra.
2️⃣ Parar de investir ou ir embora do Brasil
Aumentando desemprego e reduzindo competitividade.
Isso afasta:
- investimento estrangeiro
- startups
- expansão de empresas
- geração de empregos
- inovação
- arrecadação futura
📌 Por que a taxação de 10% é injusta e onerosa
É uma penalidade sobre o sucesso
— Em vez de incentivar os empresários a crescer, a medida pune quem conseguiu lucrar. Isso cria um ambiente de instabilidade e incerteza, afastando quem quer investir no país.
4. Existem soluções mais inteligentes — mas o governo escolhe a pior
Aqui estão algumas alternativas reais e eficazes:
4.1 Limitar a área de atuação de grandes grupos para incentivar competição
Hoje, megaempresas dominam setores inteiros.
Criar limites regionais:
- reduz monopólios
- incentiva novos empreendedores
- cria oportunidades para pequenos empresários
- distribui a riqueza e a competitividade
4.2 Acabar com a terceirização descontrolada
A terceirização virou escudo para:
- pagar menos
- contratar sem vínculo
- reduzir direitos
- mascarar vínculos empregatícios
Rever isso fortalece a base do mercado.
5. A população precisa exigir que a isenção do IR seja permanente, corrigida e obrigatória
✔️ Atualização anual pelo IPCA
ou
✔️ Vinculação ao salário mínimo
Sem isso, a “isenção de 5 mil” vira apenas mais uma promessa vazia de ano eleitoral.
Conclusão: o governo tenta parecer justo, mas está apenas tentando manter um erro histórico
A taxação de 10% sobre lucros distribuídos:
- não é necessária
- não é justa
- não é moral
- não é eficiente
- e não resolve a raiz do problema
O correto é:
fazer justiça tributária, não aumentar impostos para compensar arrecadação indevida.
Este tema é profundo, estratégico e precisa ser discutido com transparência.
Se queremos um Brasil forte, com economia dinâmica e justa, é hora de discutir reformas estruturais, não surtos de tributos.
Nos próximos artigos do blog, vamos explorar diversas soluções reais para um Brasil mais justo, competitivo e próspero.
Fontes utilizadas (referências confiáveis):
- Sindifisco Nacional – estudos sobre defasagem da tabela do IR
- Receita Federal – dados históricos da tabela
- Valor Econômico – análises sobre carga tributária e competitividade
- CNI – relatórios sobre ambiente de negócios
- IBGE – estatísticas gerais do mercado brasileiro
- OCDE – indicadores comparativos de tributação
- Jornal O Globo – reportagens sobre impacto da não correção da tabela
- Agência Senado – discussões sobre defasagem e propostas de atualização automática







