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Tornado mais Destrutivo que Furacões?

Como o tornado do Paraná pode ter ventos mais fortes que os últimos furacões?

Quando o tornado devastou Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, com ventos estimados entre 250 e 330 km/h, muita gente ficou surpresa:
como é possível que um tornado no interior do Brasil registre rajadas tão altas, enquanto furacões como Milton, Helene e Melissa, que aparecem nas notícias internacionais, tinham velocidades parecidas — ou até menores — em algumas fases?

Aparentemente, não faz sentido que um fenômeno “menor” tenha ventos “maiores”.
Mas a resposta está na escala, na duração e no tipo de força atmosférica envolvida.

1. Sim, o tornado pode ter ventos mais fortes

Tornados são como “furadeiras” da atmosfera.
Eles formam um redemoinho extremamente concentrado, capaz de atingir velocidades que, em rajadas, podem superar 300 km/h.

Por isso, não é absurdo afirmar que:

  • O tornado do Paraná teve ventos comparáveis — ou até maiores — do que muitos furacões categoria 3 ou 4.
  • Alguns tornados de grande intensidade (como os americanos da escala F4 e F5) ultrapassam os 400 km/h.

➡️ Então por que o furacão parece sempre causar mais estrago?
Aí entra a segunda parte.

2. A diferença está no tamanho do “monstro”

Tornados

  • Duram poucos minutos.
  • Geralmente atingem áreas pequenas (alguns metros até quilômetros).
  • O dano é extremamente concentrado.

Mesmo com enorme força, o rastro é estreito.

Furacões

  • Duram dias.
  • Podem ter centenas de quilômetros de diâmetro.
  • Atuam por horas seguidas sobre as cidades.

Mesmo com ventos menores que os de um tornado, o tempo de exposição e a área afetada são muito maiores.

É como a diferença entre:

  • Um golpe muito forte e rápido (tornado)
  • Várias horas de pancada constante (furacão)

3. Não é só o vento: furacões têm outros ataques

Tornados causam principalmente dano por impacto direto do vento.
Já furacões trazem um “combo” destrutivo:

✅ ventos fortes
✅ chuvas torrenciais
✅ enchentes
✅ ondas gigantes e avanço do mar (storm surge)
✅ deslizamentos
✅ blecautes, queda de pontes, rodovias e hospitais

Ou seja: o vento é só parte do problema.

4. Comparando os casos recentes

5. Por que isso deixou muita gente confusa

É natural pensar:

“Se o vento é maior, o estrago deveria ser maior.”

Mas, no clima, a força total depende de:

  • tempo
  • área
  • volume de chuva
  • quantidade de pessoas e estruturas no caminho

Um tornado de 330 km/h pode destruir um bairro inteiro.
Um furacão com 200–250 km/h pode destruir cidades inteiras.

6. O que esse evento mostra para o Brasil

  • Tornados fortes não são exclusivos dos EUA.
  • Podem acontecer no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
  • Mesmo raros, quando ocorrem, causam devastação rápida.
  • Sistemas de alerta e abrigos são fundamentais.

E diante de mudanças climáticas e aquecimento oceânico, eventos extremos estão se tornando mais comuns — inclusive furacões mais intensos no Atlântico e tornados mais frequentes em regiões onde antes eram raros.

Conclusão

✅ O tornado do Paraná realmente teve ventos tão fortes — ou até mais fortes — do que furacões que aparecem no noticiário internacional.
✅ Mas o tamanho e a duração de um furacão fazem dele um desastre muito maior no conjunto.
✅ Não é só questão de velocidade: é de escala.

➡️ Então a frase correta é:
“Tornados podem ter ventos mais fortes que furacões; furacões, porém, são muito mais destrutivos porque duram mais, atingem áreas enormes e trazem enchentes e tempestades.”

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